06/11/2010

A Escola que queremos

Na escola que queremos
tem mesa e carteira,
armário para o professor
e também apagador.

Na escola que queremos
tem sala de aula arejada,
limpa e organizada.
No pátio o menino brinca,
pula, corre e não se trinca.

Na escola que queremos
tem professor capacitado,
com vontade de aprender para ser
um educador qualificado.

Na escola que queremos
não tem desigualdade,
todo mundo se ajuda
e aceita a novidade.

Na escola que queremos
temos amor e atenção,
alunos aprendendo
com mais dedicação.

Na escola que queremos
biblioteca é opção,
alunos aprendendo com determinação.

Na escola que queremos
funciona a união,
o corpo docente trabalha
como orquestra em execução.

Na escola que queremos
os pés estão sempre no chão,
a gente sabe que os olhos estão
nas estrelas e o amor no coração.

Na escola que queremos
não há estrutura igual,
tudo é muito organizado,
bacana, lindo e legal.

Na escola que queremos
formamos cidadãos para o futuro,
indivíduos que sabem o que querem,
sem ficar em cima do muro.

Na escola que queremos
aula não se gazeia
é o segundo lar
que o futuro norteia.

Na escola que queremos
há cidadãos conscientes,
capazes e preparados
sendo o produto deste
sonho almejado.

Na escola que queremos
temos compromisso e participação
todo mundo se entende na educação.

de Soraya Ferreira da Silva
Santa Luzia - MA - por correio eletrônico

09/10/2010

responsabilização de professor é danosa para a educação

Ex-secretária-adjunta de Educação dos EUA, Daiane Ravitch, diz que modelo de educação aplicado no Estados Unidos, e replicado no estado de São Paulo, é danoso para a educação. 
Simone Iwasso - O Estado de S.Paulo,
Uma das principais defensoras da reforma educacional americana - baseada em metas, testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal avaliadas - mudou de ideia. Após 20 anos defendendo um modelo que serviu de inspiração para outros países, entre eles o Brasil, Diane Ravitch diz que, em vez de melhorar a educação, o sistema em vigor nos Estados Unidos está formando apenas alunos treinados para fazer uma avaliação.

Secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação na administração de George Bush, Diane foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para assumir o National Assessment Governing Board, instituto responsável pelos testes federais. Ajudou a implementar os programas No Child Left Behind e Accountability, que tinham como proposta usar práticas corporativas, baseadas em medição e mérito, para melhorar a educação.

Sua revisão de conceitos foi apresentada no livro The Death and Life of the Great American School System (a morte e a vida do grande sistema escolar americano), lançado no mês passado nos EUA. O livro, sem previsão de edição no Brasil, tem provocado intensos debates entre especialistas e gestores americanos. Leia entrevista concedida por Diane ao Estado.

Por que a senhora mudou de ideia sobre a reforma educacional americana?
Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo.

Em sua opinião, o que deu errado com os programas No Child Left Behind e Accountability?
leia mais:

09/07/2010

Qual é o papel da Escola? O que é Educar?




- Seria a escola, uma ferramenta para reforçar as mazelas da sociedade ou deveria ser questionadora e discutir os porquês, para não cair no perigo da reprodução dos vícios sociais?


Esta é uma questão que devemos pensar, pois o que se vê, ao longo da história, é a repetição de erros, onde a escola sempre está a serviço do governo e da sociede, se tornando uma instituição pouco inovadora e nada questionadora.

Uma questão atual porém, não OFICIAL, é a questão da RELAÇÃO DO HOMEM COM OS ANIMAIS E COM A NATUREZA.

Este assunto deveria estar sendo amplamente debatido nas escolas,  e no entanto, por falta de informação de todo o corpo docente, nem ao menos é citado.
Hoje, é muito comum se falar em meio ambiente, educação ambiental, sustentabilidade e blá, blá, bla.. Professores estão  sempre fazendo projetos de meio ambiente para trabalharem com seus alunos, mas poucos sabem realmente, o que é trabalhar meio ambiente.

A nossa relação com o meio ambiente é, ao longo da história da humanidade, uma relação predatória, violenta e de pouco ou nenhum respeito com nossos semelhantes, os animais.
Trabalhar meio ambiente vai muito além de plantar uma hortinha, se preocupar com o consumo da água e fazer reciclagem do lixo.

Trabalhar meio ambiente é se colocar como parte de um ecossistema, onde toda relação com o meio, tem de ser harmônica, respeitando até o menor dos seres existentes nesse meio.

A violência nas escolas, uma realidade que infelizmente estamos sendo obrigadas a enfrentar sem saber direito o que fazer, passa por uma educação ambiental, onde esta relação do homem com a natureza e com os animais tem que ser colocada em pauta e até inserida no currículo escolar.

Temos um exemplo na Africa do Sul, de um líder comunitário que fez um trabalho maravilhoso com adolescentes da periferia, presos e marginalizados.
O trabalho consistiu em ensinar a esses adolescentes, a cuidar de animais também abandonados e maltratados. Esses adolescentes aprenderam a verdadeira relação que devemos ter com o outro e com a natureza.

Com o advento da internete, as coisas estão mudando. Mesmo a China, onde é culturalmente aceito e comum, o abate de cachorros para consumo humano, está mudando seus conceitos e repensando suas ações e relações com o meio ambiente, graças aos ativistas dos direitos animais daquele país.
No Brasil as coisas também estão mudando, apesar de ainda estarmos bem atrasados em relação à Europa, Estados Unidos e principalmente ao Canadá, lugar onde as ações pró-meio ambiente estão bastante evoluídas.
Recentemente, foi aprovada uma lei que proíbe animais em circos em Belo Horizonte. Esta lei já existe em algumas cidades brasileiras, como por exemplo, Juiz de Fora, Porto Alegre e outras.

 Temos muito ainda que fazer e estamos fazendo, mesmo que quase imperceptivelmente. 
Numa escola infantil da prefeitura de BH, surgiu uma polêmica recentemente:
A "Pescaria" da festa junina desta escola será com peixes de verdade.
A pergunta é a seguinte: Qual o objetivo pedagógico para se fazer uma atividade dessas? Na realidade, as professoras querem agradar as crianças. No entanto, não se pode agradar uma criança dando-a de presente um cachorrinho, um pintinho ou mesmo um peixinho. 
Ao contrário, deve-se ter em mente e ensinar a elas que ANIMAIS NÃO SÃO BRINQUEDOS. Eles devem ser mantidos em seu habitat natural, no caso o peixe e se for um animalzinho doméstico qualquer, tem que ensinar para as crianças que esse animalzinho precisa de cuidados, assim como um bebê. 
Muitos pais, por ignorância, dão a seus filhos um cachorrinho, comprado num petshop se esquecendo que esse animal irá crescer e ocupar um enorme espaço em seu apartamento; irá fazer cocô e xixi pela casa se não lhe ensinarem o lugar certo; quando a familia sair em viagem, necessitará ser cuidado por outra pessoa, enfim, com o passar do tempo, a família chega à conclusão que não quer mais esse "presentinho" do filho. Aí, simplesmente jogam esse animal na rua. Esta é a realidade de muitos cães que encontramos perambulando pelas ruas, famintos e maltratados. 
Esses animais irão adoecer, engravidar (no caso as fêmeas)aumentando assim, a população de animais nas ruas e a proliferação de doenças. 

Isto é um problema ambiental gravíssimo e que o poder público não resolve. A missão de ajudar esses animais recai nas costas de protetores autônomos que se sensibilisam com o sofrimento desses animais e acabam assumindo uma responsabilidade que nem é deles.
Esse é um tema para ser debatido e trabalhado nas escolas.
Seria um trabalho riquíssimo e que os alunos teriam uma educação humanitária que talvez não tenham em suas famílias. Eles com certeza se tornariam seres humanos melhores, pois estariam aprendendo a cuidar de seu semelhante e com isto, aprendendo a cuidar de si mesmo.

19/06/2010

Não ao substitutivo do Código Florestal (Em defesa do meio ambiente brasileiro e da produção de alimentos saudáveis)


 No último dia 09 de junho de 2010, o Dep. Federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP) apresentou o seu relatório à Comissão Especial, criada na Câmara dos Deputados, para analisar o Projeto de Lei nº. 1876/99 e outras propostas de mudanças no Código Florestal e na Legislação Ambiental brasileira. O referido relatório, de mais de 250 páginas, apresenta a proposta de substituição do Código Florestal (Lei nº. 4.771, de 15 de setembro de 1965).

Apesar de ser de 1965, o Código Florestal é bastante atual, pois está baseado em uma série de princípios que respondem às principais preocupações em torno do uso sustentável do meio ambiente.

Nesse sentido, as entidades populares, agrárias e ambientalistas, reconhecendo a necessidade de atualizar as leis, sempre defenderam o aperfeiçoamento do Código Florestal, especialmente para adequá-lo à realidade da agricultura familiar e camponesa. Há a concreta necessidade de se criar regulamentações que possibilitem ao Código atender às especificidades da agricultura familiar. Além disto, é essencial uma série de políticas públicas de fomento, crédito, assistência técnica, agroindustrialização e comercialização, as quais garantirão o uso sustentável das áreas de reserva legal e proteção permanente.


Estas mudanças, no entanto, são muito distintas das propostas no Projeto de Lei (PL). Isso porque, segundo cálculos de algumas entidades da área ambiental, a aplicação do mesmo resultará na emissão entre 25 bilhões a 30 bilhões de toneladas de gás carbônico só na Amazônia. Isso representa em torno de seis vezes a redução estimada de emissões por desmatamento que o Brasil estabeleceu como meta. Consequentemente, esta emissão impediria o país de cumprir esta meta assumida na conferência do clima de Copenhague.

Podemos afirmar que todo o texto do Projeto de Lei é insatisfatório, privilegiando exclusivamente os desejos das forças mais arcaicas do Brasil: os latifundiários. Dentre os principais pontos crítico do PL, podemos citar:: anistia completa aos desmatadores; a abolição da Reserva Legal para agricultura familiar; a possibilidade de compensação desta Reserva fora da região ou da bacia hidrográfica; e a transferência do arbítrio ambiental para os Estados e Municípios.

Primeiro, de acordo com o substitutivo, a responsabilidade de regulamentação ambiental passará para os estados. É fundamental entendermos que os biomas e rios não estão restritos aos limites de um ou dois Estados, portanto, não é possível pensar em leis estaduais distintas capazes de garantir a preservação dos mesmos. Por outro lado, esta estadualização representa, na prática, uma flexibilização da legislação, pois segundo o próprio texto, há a possibilidade de redução das áreas de Preservação Permanentes em até a metade se o estado assim o entender.


Em segundo lugar, o Projeto acaba por anistiar todos os produtores rurais que cometeram crimes ambientais até 22 de julho de 2008. Os desmatadores que descumpriram o Código Florestal terão cinco (5) para se ajustar à nova legislação, sendo que os mesmos não poderão ser multados neste período de moratória e ficam também cancelados embargos e termos de compromisso assinados por produtores rurais por derrubadas ilegais. A recuperação dessas áreas deverá ser feita no longínquo prazo de 30 anos!


Em terceiro lugar, o Projeto desobriga a manutenção de Reserva Legal para propriedades até quatro (4) módulos fiscais, as quais representam em torno de 90% dos imóveis rurais no Brasil. Essa isenção significa, por exemplo, que imóveis de até 400 hectares podem ser totalmente desmatados na Amazônia – já que cada módulo fiscal tem 100 hectares na região –, o que poderá representar o desmatamento de aproximadamente 85 milhões de hectares. É fundamental entendermos que a Constituição Federal estabeleceu a Reserva Legal a partir do princípio de que florestas, o meio ambiente e o patrimônio genético são interesses difusos, pertencente ao mesmo tempo a todos e a cada cidadão brasileiro indistintamente.

E é fundamental ter claro que nenhum movimento social do campo apresentou como proposta essa abolição da RL, sempre discutindo sobre a redução de seu tamanho (percentagem da área total, principalmente na Amazônia) ou sobre formas sustentáveis de exploração e sistemas simplificados de autorização para essa atividade.

Ainda sobre a Reserva Legal, o texto estabelece que, nos casos em que a mesma deve ser mantida, a compensação poderá ser feita fora da região ou bacia hidrográfica. Além disso, esta recomposição poderá ser feita por meio do plantio de espécies exóticas. Isso significa que a supressão de vegetação nativa pode ser compensada, por exemplo, por monoculturas de eucaliptos, pinus, ou qualquer outra espécie, descaracterizando o bioma e empobrecendo a biodiversidade.


O Projeto de Lei traz ainda uma conseqüência nefasta, ou seja, a anistia dos desmatadores ou a isenção em respeitar o mínimo florestal por propriedade, destrói a possibilidade de desapropriação daquelas propriedades que não cumprem a sua função ambiental ou sócio-ambiental, conforme preceitua a Constituição Federal em seu art. 186, II.

Em um momento onde toda a humanidade está consciente da crise ambiental planetária e lutando por mudanças concretas na postura dos países, onde o próprio Brasil assume uma posição de defesa das questões ecológicas nacionais e globais, é totalmente inadimissível que retrocedamos em uma legislação tão importante como o Código Florestal. É inaceitável que uma legislação de 1965 seja mais moderna, ética e preocupada com o futuro da sociedade brasileira do que uma proposta de 2010.


A proposta do deputado Aldo Rebelo atenta violentamente contra a sua história de engajamento e dedicação às questões da sociedade brasileira. Ao defender um falso nacionalismo, o senhor deputado entrega as florestas brasileiras aos grandes latifundiários e à expansão desenfreada do agronegócio. Ao buscar combater supostas influencias de ONGs internacionais, se esquece que na realidade que é internacional é o agronegócio brasileiro, subordinado ao capital financeiro estrangeiro e às transnacionais do setor agropecurário e agroquímico. A sua postura em defesa do agronegócio o coloca imediatamente contrário à agricultura camponesa e familiar, a qual diz defender.


Por isso, nós, intelectuais, artistas e organizações sociais abaixo-assinadas, exigimos a total rejeição do Projeto de Lei de autoria do deputado Aldo Rebelo.

VIA CAMPESINA
MST – MOVIMENTO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS SEM TERRA
MPA – MOVIMENTO DOS PEQUENOS AGRICULTORES
MMC – MOVIMENTO DAS MULHERES CAMPONESAS
FETRAF – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA FAMILIAR
CIMI – CENTRO INDIGENÍSTA MISSIONÁRIO
CPT – COMISSÃO PASTORAL DA TERRA
CNASI – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE ASSOCIAÇÕES DOS SERVIDORES DO INCRA

29/05/2010

DENÚNCIA! Negros (e brancos tambem) ainda são vítimas de escravidão no Brasil.

,
 Este post é uma singela homenagem a Ali Kamel, o editor máximo do jornalismo da Globo,




De cada 4 trabalhadores libertados no país, 3 são pretos ou pardos, diz estudo de economista da UFRJ
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
Passados 122 anos desde a Lei Áurea, 3 em cada 4 trabalhadores libertados de situações análogas à escravidão hoje são pretos ou pardos.
 
É o que mostra um estudo do economista Marcelo Paixão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, feito a partir do cadastro de beneficiados pelo Bolsa Família incluídos no programa após ações de fiscalização que flagraram trabalhadores em situações que, para a ONU, são consideradas formas contemporâneas de escravidão.
 
São pessoas trabalhando em situações degradantes, com jornada exaustiva, dívidas com o empregador -que o impedem de largar o posto- e correndo riscos de serem mortas.
 
Paixão, que publica anualmente um Relatório de Desigualdades Raciais (ed. Garamond), diz que foi a primeira vez em que conseguiu investigar a cor ou raça desses trabalhadores, graças à inclusão do grupo no Bolsa Família.
 
Os autodeclarados pretos e pardos -que Paixão soma em seu estudo, classificando como negros- representavam 73% desse grupo, apesar de serem 51% da população total do Brasil. 
Tal como nas pesquisas do IBGE, é o próprio entrevistado que, a partir de cinco opções (branco, preto, pardo, amarelo ou indígena) define sua cor.
 
Para o economista, “a cor do escravo de ontem se reproduz nos dias de hoje. Os negros e índios, escravos do passado, continuam sendo alvo de situações em que são obrigados a trabalhar sem direito ao próprio salário. É como se a escravidão se mantivesse como memória”.
 
Pretos e pardos são maioria entre a população mais pobre. Segundo o IBGE, entre os brasileiros que se encontravam entre os 10% mais pobres, 74% se diziam pretos ou pardos.
 
Para Paixão, ainda que hoje a cor não seja o único fator a determinar que um trabalhador esteja numa condição análoga à escravidão, o dado sugere que ser preto ou pardo eleva consideravalmente a probabilidade.

Em tempo: em entrevista à Record News, nesta última terça-feira, a professora Flávia Piovesan, especialista em direitos humanos, contou que estudo do professor Paixão mostra que no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano, da ONU), o Brasil está em 70º. lugar. Se o Brasil fosse só de brancos, o IDH pularia para o 30º. lugar. Se fosse só de negros, cairia para 104º. lugar. Não, nós não somos racistas.

A propósito, também como singela homenagem a Kamel, clique aqui para ler o post sobre o artigo de Maria Rita Kehl, no Estadão, em que ela associa a decisão do Supremo sobre a Anistia ao assassinato sob tortura de um motoboy, num quartel da PM de Serra, em SP.

O Brasil dos brancos é rico. Dos negros é muito, muito pobre

    Publicado em 19/05/2010

Prof Paixão:
quando o Brasil terá os índices do Brasil só dos brancos ?




O programa Entrevista Record Atualidade que a Record News exibiu ontem mostrou uma entrevista com o professor Marcelo Paixão, do Instituto de Economia da UFRJ. Ele mostrou alguns dados que deveriam dar muito orgulho aos brasileiros (da elite):
Os negros brasileiros vivem seis anos menos que os brancos.
O número de analfabetos negros é o dobro do número de brancos.
A renda dos negros é a metade da renda dos brancos.
Os negros ficam dois anos a menos na escola que os brancos.
Se desmontarmos os números do IDH, índice do desenvolvimento humano, da ONU, veremos que se o Brasil fosse só dos brancos (O SONHO DA ELITE BRASILEIRA …) ficaria na 40a. posição do IDH.
O Brasil está na 70a.
Mas, se fosse só de negros, seria um país pobre africano e ficaria na 104a. posição.
Não, nada disso, nós não somos racistas.
Tanto assim, demonstra o professor Paixão, que entre 2003 e 2009 foram libertados 40 mil brasileiros.
Isso mesmo, amigo navegante, “libertados”, ou seja, abandonaram a posição de escravos, porque viviam em fazendas sob o regime servil: não recebiam remuneração para poder pagar dívidas impagáveis.
Desses 40 mil escravos, 73,5% eram negros.
Ora direis, mas o Brasil é um país negro.
Sim, 50,5% da população é negra.
Mas, dos escravos, 73,5% são negros.
Não, amigo navegante, o professor Paixão exagera.
Não,  não somos um país racista.
A última coisa de que o Brasil precisa é de ações afirmativas, como, por exemplo, cotas para negros nas universidades.
Isso é recurso de país pobre, subdesenvolvido, como os Estados Unidos.
E viva a democracia racial do Brasil !
Viva !



Em tempo: para demonstrar que nós não somos racistas, recomendamos a leitura dos posts (EUA e Brasil se unem para combater o racismo. Ué, mas nós somos racistas ?,   Chuíça (*): PMs de Serra espancam motoboy até a morte na frente da mãe e Polícia de Serra é racista e quis matar motoboy. Por que ele não criou uma Sec. de Segurança em SP? ) que tratam da morte do motoboy negro Eduardo, dentro de um quartel da PM de SP, e da transformação em réus, por crime racismo, dos PMS de São Paulo que mataram Alexandre, um motoboy negro.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim

27/05/2010

Oficina de Extensão sobre linguagem, discurso e relação étnico racial do Programa Ações Afirmativas na UFMG

Programa Ações Afirmativas na UFMG
Faculdade de Educação - FaE /UFMG
Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha
Belo Horizonte/MG CEP: 31.210-901
Tel.:  (31) 3409-6188  (31) 3409-6188
Horário de atendimento: segunda a sexta de 14 às 18 horas
Email: acoesafirmativas@yahoo.com.br

26/05/2010

Uma aula de Resistência e Luta. Greve da educação no Estado.

-  Eram duas horas da tarde desse 18 de Maio e a praça ainda estava vazia, chegava um ali outro aqui e nos olhos de quem era pontual com o horário de início de mais uma assembléia da Greve dos educadores de Minas um misto de ansiedade e angústia se esboçava nos olhares.
  A tensão era evidente, pois chegávamos a 42 dias de greve e o Governo resolverá endurecer de vez e lançar talvez a última cartada. Todos os jornais anunciavam que a Greve iria acabar e que o sindicato iria aceitar o acordo do Governo. Muito boato, muito zum, zum, zum e de certo havia apenas a informação que no dia seguinte a ordem de demitir todos(as) os contratados e abrir processo administrativo contra os efetivos seria cumprido a risca.

 Mas eis que chega um bumbo, entoando uma nota só com um cordão de educadores agitando-se em zigue e zague chamando a atenção da polícia e lá mais adiante chega um ônibus e dele dessem dezenas de mulheres com os rostos marcados pelo tempo, de semblante altivo e passo firme e não demora muito a praça antes vazia, vai se enchendo de graça, de vida, de gente trabalhadora, de força e emoção...

  Quarenta e dois dias de luta, de resistência, de enfrentamento e de muita pressão por parte do governo.
  Como não resolveu a mentira e a calúnia, veiculadas na imprensa pusilânime e vendida, como se não bastasse os pseudo- projetos de capacho-mor do Governo, que se lançam contra os grevistas,  camuflados de representantes de pais de alunos, que só aparecem para falar mal dos educadores e serem contra a Greve, se não bastasse a repressão policial, as infiltrações e perseguições, se não bastasse o descaso e a ingratidão dos fura greves, a letargia de alguns e a omissão de outros, agora veio o Sr. Governador ter uma recaída e achar que é Ditador, impondo a categoria o castigo da demissão caso não cessasse o movimento?!
-Deixa estar!
  Foi o que uma auxiliar de serviços gerais repetia a cada acusação feita ao governo e seus comparsas.

  Deixa estar... Pois será que ele se esqueceu que essa mesma categoria dobrou o autoritarismo da Ditadura Militar em 79 e contra balas e canhões nós tínhamos apenas a indignação ea coragem e vencemos!

  Deixa estar... Pois será que o Governo pensa que é tratando educadores como se fossem criminosos, fora da lei, com chibata e ameaças é que iremos recuar e como cordeirinhos voltar para as escolas, de cabeça baixa e ainda mais humilhados do que já somos?
Pois quem pratica crime contra a educação e está fora da lei é o próprio governador que endividou a máquina pública, não cumpre com a leido Piso Salarial em Minas, engana a população com as maquiagens feitas nas escolas, além de praticar falsidade ideológica quando diz que negocia e investe na educação!
 
Deixa estar... Pois não deu outra, em menos de uma hora toda a praça estava lotada de vida e dignidade e sem vacilar nossa categoria deu uma aula para o Brasil de como resistir e lutar pela respeito a quem educa e só tem o conhecimento e a palavra como armas contra tanta opressão, safadeza e exploração desferida sobre os trabalhadores(as).
   Se vai demitir, então que demita! Gritava um trabalhador.
Se vai cortar, então que corte logo, pois meu salário não enche meu armário! Gritava outro.
  E assim de protesto em protesto, de intervenção em intervenção, lado a lado, a multidão foi se aglomerando e no fim das falações o golpe final sobre aqueles que com mentiras e pressões veiculadas na imprensa apostavam fichas no fim da Greve.
 Quinze mil punhos cerrados na praça e um longo e estrondante grito de GREVE, GREVE, GREVE, foi a resposta da categoria para todo o mundo ouvir!
Braços cruzados escolas paradas é o resultado da falência do Governo Aécio Neves/ Anastásia (PSDB) que jogou no fundo do posso a educação pública de Minas afetando mais de 500 mil alunos em todo o Estado.
  Em Minas ainda se respira liberdade, apesar dos pesados pesares... Ainda se mantém a esperança, apesar do ódio e do medo que foram propagados... Ainda a vida e dignidade, apesar de tentarem nos encarcerar e nos matar com tanta indiferença e hipocrisia.
 
 Estão tentando acabar com o nosso movimento de todas as formas, fazer o que fizeram com nossos companheiros de São Paulo e nos dividir como aconteceu com os companheiros de Belo Horizonte. Mas a GREVE segue forte e quem está na luta segue unido e convencido cada vez mais de quem já não temos mais nada a perder a não ser as correntes da miséria que nos prendeu durante anos aoostracismo e a senzala ao qual se transformou a educação sob a tutela doGovernador encantado e maquiado, que um dia sonhou ser presidente do Brasil e aplicar seu choque de indigestão sobre o restante da nação.

Uma nova página da História da Luta dos trabalhadores (as) está sendo construída com sangue, suor e lágrimas nas ruas desse Estado a fora. Aqueles que ainda insistem em duvidar do poder da classe trabalhadora, da sua disposição e principalmente da sua força e unidade, que vá para as ruas e praças onde estamos dando uma aula de cidadania e luta, para aprender que não se deve subjugar e subestimar uma categoria radicalizada que já não tem mais nada a perder eque quanto mais o governo bate, mais unido, determinado e forte fica o nossomovimento.
 
 Viva a luta dos trabalhadores (as) em educação de Minas.
 Viva nossa vitoriosa GREVE.
 
  Fábio Bezerra.
  (Trabalhador em educação e membro da INTERSINDICAL)

19/05/2010

Professores decidem manter a greve na rede estadual de ensino e fazem passeata no centro


18/05/2010 16h52
ANNA FLÁVIA NUNES        
anna@otempo.com.br

Sem aulas há mais de um mês, os alunos da rede estadual vão continuar em casa. A decisão de manter a greve foi tomada na tarde desta terça-feira (18) pelos professores, que se reuniram às 14h na Praça da Assembleia, na região Centro-Sul da capital. Depois de decidirem os rumos do movimento, eles seguem em passeata pelo centro da cidade, o que complica o trânsito em toda a região. Os professores se concentrarão nas escadarias da Igreja São José.



Uma nova assembleia será realizada na próxima terça-feira (25). A categoria está em greve desde o dia 8 de abril. Uma decisão da Justiça, no último dia 4, considerou a greve ilegal. Durante a assembleia desta terça, a categoria avaliou as propostas feitas pelo governo em reunião realizada no dia 12 de maio. Na ocasião, os representantes dos professores deixaram o encontro com a promessa da secretária de Planejamento de que será feito um estudo sobre as formas de incorporação das gratificações ao vencimento básico da categoria.



Os professores querem elevação do piso salarial - de R$ 850 para R$ 1.312. O governo alega que por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRP) e a lei eleitoral, está impedido de aumentar os salários e oferece piso de R$ 935. A secretária garantiu ainda que o ponto dos dias parados não será cortado e que nenhum profissional da educação será demitido por causa da greve.


Fonte: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=81518

Coletivo Fortalecer

O IMPÉRIO MANDA, AS COLÔNIAS OBEDECEM

artigo de Frei Betto e João Pedro Stédile, sobre acordos com Iran.
Jornal do Brasil,19 de maio 2010

Após a Segunda Guerra Mundial, quando as forças aliadas saíram vitoriosas, o governo dos EUA tentou tirar o máximo proveito de sua vitória militar.

Articulou a Assembléia das Nações Unidas dirigida por um Conselho de Segurança integrado pelos sete países mais poderosos, com poder de veto sobre as decisões dos demais.
Impôs o dólar como moeda internacional, submeteu a Europa ao Marshall, de subordinação econômica, e instalou mais de 300 bases militares na Europa e na Ásia, cujos governos e mídia jamais levantam a voz contra essa intervenção branca.
O mundo inteiro só não se curvou à Casa Branca porque existia a União Soviética para equilibrar a correlação de forças. Contra ela, os EUA travaram uma guerra sem limites, até derrotá-la política, militar e ideologicamente.
A partir da década de 90, o mundo ficou sob hegemonia total do governo e do capital estadunidenses, que passaram a impor suas decisões a todos os governos e povos, tratados como vassalos coloniais.

Quando tudo parecia calmo no império global, dominado pelo Tio Sam, eis que surgem resistências.
Na América Latina, além de Cuba, outros povos elegem governos antiimperialistas.

No Oriente Médio, os EUA tiveram que apelar para invasões militares a fim de manter o controle sobre o petróleo, sacrificando milhares de vidas de afegãos, iraquianos, palestinos e paquistaneses.

Nesse contexto surge no Irã um governo decidido a não se submeter aos interesses dos EUA.
Dentro de sua política de desenvolvimento nacional, instala usinas nucleares e isso é intolerável para o Império.
A Casa Branca não aceita democracia entre os povos. Que significa todos os países terem; direitos iguais. Não aceita a soberania nacional de outros povos. Não admite que cada povo e respectivo governo controlem seus recursos naturais.
Os EUA transferiram tecnologia nuclear para o Paquistão e Israel, que hoje possuem bomba atômica. Mas não toleram o acesso do Irã à tecnologia nuclear, mesmo para fins pacíficos.
Por quê? De onde derivam tais poderes imperiais? De alguma convenção Internacional? Não, apenas de sua prepotência militar.
Em Israel, há mais de vinte anos, Moshai Vanunu, que trabalhava na usina atômica, preocupado com a insegurança que isso representa para toda a região, denunciou que o governo já tinha a bomba. Resultado: foi sequestrado e condenado à prisão perpetua, comutada para 20 anos, depois de grande pressão internacional.
Até hoje vive em prisão domiciliar, proibido de contato com qualquer estrangeiro.

Todos somos contra o armamento militar e bases militares estrangeiras em nossos países. Somos contrários ao uso da energia nuclear, devido aos altos riscos, e ao uso abusivo de tantos recursos econômicos em gastos militares.
O governo do Irã ousa defender sua soberania.

O governo usamericano só não invadiu militarmente o Irã porque este tem 60 milhões de habitantes, é uma potência petrolífera e possui um governo nacionalista.
As condições são muito diferentes do atoleiro chamado Iraque.

Felizmente, a diplomacia brasileira e de outros governos  se envolveu na contenda. Esperamos que sejam respeitados os direitos do Irã, como de qualquer outro país, sem ameaças militares. Resta-nos torcer para que aumentem as campanhas, em todo mundo, pelo desarmamento militar e nuclear. Oxalá o quanto antes se destinem os recursos de gastos militares para solucionar problemas como a fome, que atinge mais de um bilhão de pessoas.

Os movimentos sociais, ambientalistas, igrejas e entidades internacionais se reuniram recentemente em Cochabamba, numa conferência ecológica mundial, convocada pelo presidente Evo Morales.
Decidiu-se preparar um plebiscito mundial, em abril de 2011.
As pessoas serão convocadas a refletir e votar se concordam com a existência de bases militares estrangeiras em seus países; com os excessivos gastos militares e que os países do Hemisfério Sul continuem pagando a conta das agressões ao meio ambiente praticadas pelas indústrias poluidoras do Norte.
A luta será longa, mas nessa semana podemos comemorar uma pequena vitória antiimperialista.

Frei Betto é escritor, João Pedro Stédile integra a direção da Via Campesina

15/05/2010

Bienal do livro: Africanidades. Imperdível!


EXPOMINAS



- DOMINGO 16/05/2010, 15h, Livro Afro Infantil: Capoeira - Cultura Afrobrasileira (Alanson Costela)LANÇAMENTO DE LIVRO "Uma roda um arco-íris, camará!", de Alanson Costela. Interação com o capoeirista e professor Costela, seguida de SESSÃO DE AUTÓGRAFOS e FOTOS divertidas. Roda de capoeira para todas as idades. Você não pode perder!

16/05/2010, 17h, Africanidades na Educação LANÇAMENTO DE LIVRO: "Educação e cultura africana e afrobrasileira: cruzando oceanos" - Prof. Dr. José de Sousa Miguel Lopes (MOÇAMBIQUE)Destaque à produção bibliográfica de escritores(as)africanos(as) e afrobrasileiros(as), promovendo a satisfação dos leitores com BATE-PAPO AFRO, SESSÃO DE AUTÓGRAFOS e a degustação do saboroso Chá de Caxinde (Angola)!

17 de maio/2010 – SEGUNDA-FEIRA 17/05/2010, 15h, FORMAÇÃO DE PROFESSORES
- Africanidades na Educação (Rosa Margarida Rocha e Iris Amâncio)  ATENDIMENTO PEDAGÓGICO GRATUITO AO(À) PROFESSOR(A), COM ROSA MARGARIDA ROCHA E IRIS AMÂNCIO: - FORMAÇÃO DE PROFESSORES e KITS AFROLITERÁRIOS: suporte pedagógico para professores da Educação Básica, no âmbito das estratégias de implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008; apoio a gestores educacionais, com orientações para a montagem de kits afro bibliográficos para escolas e bibliotecas. - APOIO PEDAGÓGICO PARA SEMINÁRIOS, MINICURSOS e OFICINAS: socialização de conhecimentos nas diversas áreas das africanidades, por meio da interação com saberes étnicos tradicionais e acadêmicos; atividades organizadas mensalmente, com certificados para os participantes.

18 de maio/2010 – TERÇA-FEIRA 18/05/2010, 10h, FORMAÇÃO DE PROFESSORES - Africanidades na Educação (Rosa Margarida Rocha e Iris Amâncio) ATENDIMENTO PEDAGÓGICO GRATUITO AO(À) PROFESSOR(A), COM ROSA MARGARIDA ROCHA E IRIS AMÂNCIO: - FORMAÇÃO DE PROFESSORES e KITS AFROLITERÁRIOS: suporte pedagógico para professores da Educação Básica, no âmbito das estratégias de implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008; apoio a gestores educacionais, com orientações para a montagem de kits afro bibliográficos para escolas e bibliotecas. - APOIO PEDAGÓGICO PARA SEMINÁRIOS, MINICURSOS e OFICINAS: socialização de conhecimentos nas diversas áreas das africanidades, por meio da interação com saberes étnicos tradicionais e acadêmicos; atividades organizadas mensalmente, com certificados para os participantes.

18/05/2010, 11h, CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS AFRICANAS
(Madu Costa) Performance literária com a escritora Madu Costa. CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS AFRICANAS, em momento gostoso, divertido e de muita aprendizagem sobre os valores tradicionais das culturas africanas.

18/05/2010, 15h, OFICINA:
Eventos pedagógicos de/sobre Africanidades (Kelly Oliveira) Socialização de conhecimentos nas diversas áreas das africanidades, por meio da interação com saberes étnicos tradicionais e acadêmicos, orientação para a concepção e desenvolvimento de SEMINÁRIOS, MINICURSOS e OFICINAS sobre África e AfroBrasil em atividades e projetos educacionais e culturais. Facilitadora: Kelly Cristina Oliveira.

QUARTA-FEIRA 19/05/2010, 10h, OFICINA:
Eventos pedagógicos de/sobre Africanidades (Kelly Oliveira) Socialização de conhecimentos nas diversas áreas das africanidades, por meio da interação com saberes étnicos tradicionais e acadêmicos, orientação para a concepção e desenvolvimento de SEMINÁRIOS, MINICURSOS e OFICINAS sobre África e AfroBrasil em atividades e projetos educacionais e culturais. Facilitadora: Kelly Cristina Oliveira.

19/05/2010, 15h, CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS AFRICANAS
(Madu Costa) Performance literária com a escritora Madu Costa. CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS AFRICANAS, em momento gostoso, divertido e de muita aprendizagem sobre os valores tradicionais das culturas africanas. 22/05/2010, 16h, Livro Afro Infantil - " As aventuras de Kito: o dragão e as piri-piri vermelhas", de Marcos Roberto Nascimento (Diversidade cultural; educação ambiental) LANÇAMENTO DE LIVRO: "As aventuras de Kito: o dragão e as piri-piri vermelhas" (Diversidade cultural, educação ambiental), de Marcos Roberto Nascimento. Fogo, solidariedade e consciência ambiental: a emocionante história de amizade entre o menino e o dragão, no reino das piri-piri vermelhas. BATE-PAPO ecológico com o autor Marcos Nascimento, seguido de SESSÃO DE AUTÓGRAFOS e FOTOS divertidas. Distribuição e degustação de piri-piri vermelhas. Prepare-se para essa ardente emoção!!!...Aguardamos você e suas crianças!

22/05/2010, 17h, Livro Infantil -
"Bolongo, o gatinho de mãos no bolso" (Diversidade cultural)
LANÇAMENTO DE LIVRO: "Bolongo, o gatinho de mãos no bolso" , de Paulo César Mello (Diversidade cultural) Conheça a história de Bolongo, o gato que aprendeu a conviver com a diversidade, a assumir suas identidades e a respeitar as diferenças. SESSÃO DE AUTÓGRAFOS e FOTOS divertidas com o autor e os amigos desse gato esperto e acolhedor. Distribuição de guloseimas infantis (pipocas e balas), brindes e balões. Você não pode perder. Aguardamos vocês, gatinhos e gatinhas! Presença confirmada do gato Bolongo, para a sessão de autógrafos!

22/05/2010, 18h, Livro Afro Infantil -
"A verdadeira história do SACI PERERÊ” (Iris Amâncio e Anderson Feliciano) LANÇAMENTO DE LIVRO: "A verdadeira história do SACI PERERÊ", de Iris Amâncio e Anderson Feliciano. Momento divertido em que o Saci Pererê contará sua verdadeira história, esclarecendo dúvidas e fofocas em relação à sua pessoa. SESSÃO DE FOTOS com o Saci Pererê. Distribuição de Sacis para você criar um na sua casa! Aguardamos você e suas crianças!

22/05/2010, 19h, LIVRO Formação de professores e Religiões de Matrizes Africanas - (Erisvaldo Pereira dos Santos) LANÇAMENTO DE LIVRO:
"Formação de professores e Religiões de Matrizes Africanas: um diálogo necessário (Prof. Dr. Erisvaldo Pereira dos Santos/UFOP) Destaque à produção bibliográfica de escritores(as) africanos(as) e afrobrasileiros(as), promovendo a satisfação dos leitores com BATE-PAPO AFRO, SESSÃO DE AUTÓGRAFOS e a degustação do saboroso Chá de Caxinde (Angola)! Diálogo esclarecedor sobre as Religiões de Matrizes Africanas, contra a intolerância religiosa, pela paz!..

.22/05/2010, 19h, LIVROS - África, Negritude , Diáspora e intelectualidade negra LANÇAMENTO DE LIVROS:
"A África que incomoda" (2a. edição), "Marxismo e a questão racial" e "Discurso sobre a Negritude", Aimé Césaire (Org.), do etnólogo Carlos Moore (Cuba). Momento de crítica e reflexão sobre as relações raciais no mundo contemporâneo. BATE-PAPO AFRO, SESSÃO DE AUTÓGRAFOS e debate, com degustação do saboroso Chá de Caxinde (Angola)! Aguardamos você e seus amigos.

23/05/2010, 15h, DANÇA AFRO -
Oficina com a bailarina Júnia Bertolino Oficina de DANÇA AFRO, com a bailarina e coreógrafa Júnia Bertolino. Socialização de técnicas e , movimentos corporais de matrizes africanas. Interação com sons, gestos e saberes ancestrais africanos. Venha dançar afro você também!

23/05/2010, 16h CULTURA AFRICANA - CABO VERDE (Pedro Matos) BATE-PAPO AFRO: "Ilha do Fogo",com o caboverdiano Pedro Matos. Interação com a ambiência cultural da Ilha do Fogo (Cabo Verde), com imagens, artesanato, culinária e saberes tradicionais. Degustação de prato tradicional de Cabo Verde, à base de milho. 23/05/2010, 16h, OFICINA: Bonecas Negras OFICINA DE ARTE-EDUCAÇÃO, com a artista plástica e assistente social Rosemary Ramos. Confecção de bonecas negras, em diálogo descontraído sobre a diversidade etnicorracial brasileira. Facilitação pedagógica para crianças e educadores.

23/05/2010, 17h, LIVRO: “Pedagogia da diferença” 
 - Tradição Oral Africana na Educação- (Rosa Margarida de Carvalho Rocha) SESSÃO DE AUTÓGRAFOS com a pedagoga Rosa Margarida Rocha. Destaque à produção bibliográfica contemporânea sobre África na Educação Básica e socialização de alternativas para o diálogo efetivo entre os princípios da tradição oral africana e a prática pedagógica. Como trabalhar a cosmovisão africana na escola? De que maneira os rituais pedagógicos podem dialogar com os valores éticos, filosóficos e culturais africanos? Estas e outras perguntas serão respondidas e debatidas pela renomada pedagoga. Distribuição do mapa da África. Aguardamos você, educador(a), para essa viagem pedagógica com Rosa Margarida.

23/05/2010, 18h, LIVRO: "Poemas da recordação e outros movimentos" (POESIA AFROBRASIEIRA),
Conceição Evaristo PERFORMANCE POÉTICA e SESSÃO DE AUTÓGRAFOS com a renomada escritora Conceição Evaristo. BATE-PAPO AFRO e reflexão crítica sobre as relações de gênero e raça na sociedade brasileira. LIVRO: "Poemas da recordação e outros movimentos" (Finalista do Prêmio Portugal Telecom 2009, uma das 50 melhores publicações literárias em Língua Portuguesa no mundo em 2008).

23/05/2010, 18h, LIVRO: "No fundo do canto" (POESIA DA GUINÉ-BISSAU),
Odete Semedo PERFORMANCE POÉTICA e SESSÃO DE AUTÓGRAFOS com a renomada escritora guineense Odete Semedo. BATE-PAPO AFRO e reflexão crítica sobre as relações de gênero e raça na sociedade guineense. LIVRO: No fundo do canto" (Kit literário da Prefeitura de Belo Horizonte, 2010).

23/05/2010, 19h, LIVRO: "Falanges" (POESIA AFROBRASIEIRA), SESSÃO DE AUTÓGRAFOS e BATE-PAPO AFRO com o ator, escritor e performer multimídia Benjamin Abras. Interação com os valores e a estética do Candomblé, por meio da poesia e da sensibilidade artística.

23/05/2010, 20h, Religiões de Matrizes Africanas
(Africanidades na Educação), Rubens Silva LANÇAMENTO DE LIVRO: "Catolicismo Negro ou Negros Católicos?", do antropólogo e professor Rubens Alves da Silva (UFMG). Reflexão sobre as heranças africanas em Minas Gerais, a tradição do Congado mineiro e o diálogo contínuo entre as manifestações religiosas afromineiras e o Catolicismo.

Fonte: Coletivo Fortalecer.

02/05/2010

Asilo Presidencial para Battisti

O Movimento de Solidariedade com Cesare Battisti deseja a todos Feliz 2010!

 


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To:  President of Brasil Exmo. Sr. Presidente do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva

Os abaixo assinados vimos, muito respeitosamente, oferecer a V. Exa. toda a força e apoio para o vosso governo REJEITAR as intensas e arrogantes pressões que tentam impor a extradição do literato e perseguido político Cesare Battisti.

Pedimos a V. Exa., que chefia o governo mais popular da história do Brasil, que, no momento adequado, CONCEDA ASILO POLÍTICO SOB RESPONSABILIDADE PRESIDENCIAL a Battisti, garantindo-lhe, em seguida, uma fórmula migratória permanente, para que possa trazer a família a este país e nele trabalhar em paz.

Como V. Exa. sabe, Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua sem luz solar (um castigo que já não existe em nenhum país civilizado!) por quatro crimes DOS QUAIS NÃO EXISTE NENHUMA PROVA NEM TESTEMUNHA OCULAR, tendo sido todo seu processo forjado a partir de DELAÇÕES PREMIADAS.

Além de levar os promotores italianos a, ridiculamente, atribuírem a Battisti dois homicídios ocorridos num intervalo de tempo insuficiente para ele transpor a distância entre ambas as cidades, de forma que a acusação teve de ser reescrita quando tal impossibilidade material ficou demonstrada, seu principal delator chegou a ser repreendido pelo magistrado de outro processo pela contumácia com que proferia falsas acusações.

Vossa decisão, Senhor Presidente, será também uma atitude de PROTEÇÃO AO INSTITUTO DO REFÚGIO/ASILO, seriamente ameaçado pela invasão do STF na área do Executivo.

Também se constituirá numa demonstração de afeto para com nosso povo, humilhado, insultado e injuriado obscenamente pelas autoridades italianas, com o apoio das colonizadas e subservientes elites brasileiras (especialmente a mídia).

Battisti escreveu 17 livros, fundou duas revistas virtuais, organizou numerosos congressos culturais e a 1ª Bienal de Artes Gráficas do México. Ele será tão útil para nossa cultura quanto o foi, quando se refugiou no México, o também escritor Gabriel Garcia Márquez (signatário, por sinal, de uma mensagem de apoio a Battisti).

A salvação de Battisti será a coroação de OITO anos de luta pela preservação da dignidade, independência e generosidade de nosso povo.

Atenciosamente,

OS ABAIXO ASSINADOS

Sincerely,
The Undersigned


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01/05/2010

Encontro debate discriminação na educação


Sexta Assembleia da Campanha Latinoamericana pelo Direito à Educação (Clade) reunirá especialistas de 19 países

da Redação


São Paulo sediará, entre os dias 3 e 5 de maio, a 6ª Assembleia da Campanha Latinoamericana pelo Direito à Educação (Clade), que terá como tema "A educação é um direito: pela não discriminação na América Latina e no Caribe". O foco do encontro serão as múltiplas formas de discriminação, bem como outros obstáculos que configuram graves violações ao direito à educação.

De acordo com a Clade, apenas de 20% a 30% das crianças com deficiência frequentam a escola. Na Colômbia, de cada 100 jovens afrodescendentes que terminam o ensino médio, apenas dois têm acesso a estudos superiores. No Peru, 21% das pessoas adultas indígenas são analfabetas, contra apenas 4% das pessoas que falam o espanhol como primeira língua.

No Brasil, pesquisa mostrou que 99% da comunidade escolar admitem ter preconceito com algum grupo, como afrodescendentes, indígenas ou pessoas com deficiência (FIPE).


Programação

A abertura das atividades acontecerá na segunda-feira (03), às 18h30min, no Memorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda). Estarão presentes o Relator Especial das Nações Unidas sobre o Direito à Educação – Vernor Muñoz; da Procuradora da República em São Paulo, Eugênia Fávero; e de representantes de organizações e campanhas de promoção do direito à educação de 19 países. A atividade poderá ser acompanhada ao vivo pela internet, por meio do endereço eletrônico www.campanaderechoeducacion.org/aovivo.

Na mesma noite, ocorrerá a abertura da exposição fotográfica “La educación es un derecho: por la no discriminación en América Latina y el Caribe”, mostra itinerante realizada pela Clade, composta por cerca de 40 imagens.

Na quarta-feira (04), às 20h, haverá o lançamento do relatório “El Derecho a la Educación Vulnerado – La Privatización de la Educación en Centroamérica”, publicado pela Clape e pelo Foro Latinoamericano de Políticas Educativas (Flape) no Centro Cultural Rio Verde (Rua Belmiro Braga, 119 – Vila Madalena).

Já na quinta (05), o relator da ONU estará novamente no Memorial da América Latina, a partir das 10h, para participar de um debate aberto com estudantes e professores sobre o tema da discriminação na educação.

Mais informações sobre o encontro podem ser acessadas em http://clade2010.wordpress.com.

Fonte: Jornal Brasil de Fato.

24/04/2010

Calendário REPOSIÇÃO.

Secretaria Municipal de Educação

PORTARIA SMED Nº 027/2010

Altera disposições da Portaria SMED Nº 230/2009.


A Secretária Municipal de Educação, no exercício de suas atribuições legais, observadas as disposições da Lei Federal Nº 9394/96, suas normas complementares e considerando a necessidade de serem estabelecidos novos parâmetros para a elaboração do Calendário de Reposição em decorrência da greve, no período de 16 de março a 13 de abril de 2010,

RESOLVE:

Art.1º - Ficam alterados os incisos III,IV, VI e IX do Art.3º:

“Art. 3º...

(...)

III- Término do ano letivo: até 23 de dezembro;

IV – Término do ano escolar: até 23 de dezembro;

(...)

VI – Recessos escolares comuns: 4 de junho, 6 de setembro, 11, 13, 14 e 15 de outubro e 1º de novembro, podendo esses serem utilizados como dias letivos ou escolares;

(...)

IX – 10(dez) sábados letivos, no máximo.”


Art.2º - O Art. 4º passa a ter a seguinte redação:


“Art. 4º – Compete ao (a) Diretor(a) da Escola fazer cumprir as determinações desta Portaria e encaminhar o Calendário Escolar com a reposição dos dias não trabalhados à GAVFE, para conhecimento, análise e aprovação até o dia 17 de maio de 2010.”


Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


Belo Horizonte, 19 de abril de 2010


Macaé Maria Evaristo

Secretária Municipal de Educação

Fonte: http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1030816

Coletivo Fortalecer                                     
                                                                                             
                                                                                    PARA REFLETIRMOS SOBRE NOSSA GREVE!



Bem pertinente esta reflexão.
















Fonte: http://diariodoprofessor.blogspot.com/

20/04/2010

Reforma Agrária, uma bandeira de toda a sociedade e deveria ser ensinado nas escolas.


ARTIGO
Jornada Nacional da Reforma Agrária é de extrema importância para a maioria das pessoas, apesar do tratamento da mídia
  
A CUT é parceira histórica do MST e tem orgulho disso. A busca por um novo modelo agrário para o Brasil é luta mais que justa, digna. É também de interesse de todos os brasileiros e brasileiras, pois a reforma agrária e a valorização da agricultura familiar são fatores de desenvolvimento nacional, de soberania, de inteligência estratégica frente a um modelo econômico exaurido, para rumar a uma nova sociedade.

É uma luta de combate à pobreza, claro, e para por fim a práticas que deveriam estar extintas há muito tempo no Brasil, como já aconteceu em países desenvolvidos, ainda que capitalistas. Terras improdutivas na mão de umas poucas famílias, muitas recorrendo ao emprego de trabalho escravo e outras tantas usurpando dinheiro e terras públicos, utilizando-se de grilagem ou de subsídios e incentivos fiscais para, em troca, não gerar emprego, não produzir alimentos para a sociedade, para não pagar tributos.

São razões suficientes para qualquer cidadão se sentir parte interessada na reforma agrária. Se todos ainda pudessem entrar em contato com assentamentos bem organizados nascidos da luta pela terra, o apoio popular seria ainda maior, seria imenso. Essa luta é por um país desenvolvido, antenado com o século 21, que gera riquezas e inclui seu povo, onde crianças são saudáveis e idosos têm dignidade. É a busca por um novo eixo para distribuir renda e ainda respeitar o meio ambiente.


A Jornada Nacional da Reforma Agrária que acontece agora em abril é, portanto, de extrema importância para a maioria das pessoas. Pena que os meios de comunicação insistam em tratar o movimento dos trabalhadores rurais sem terra como se fosse criminoso. A partir de generalizações e raciocínios fáceis, tentam vender a imagem de que existem outros caminhos para a reforma, como se houvesse por aí várias pequenas propriedade rurais à venda para quem quiser produzir e que, por isso, as ocupações seriam um jeito malandro, faceiro, de escapar daquele único destino que credenciaria as pessoas como “gente de bem”: trabalhar muito, guardar economias por anos e anos e, aí sim, ousar ter uma propriedade.

Dessa forma apelativa, tentam confundir as pessoas, incluindo especialmente as pessoas de bem. Mas os grandes meios de comunicação esquecem, de propósito, de contar um detalhe fundamental que, revelado, seguramente desfaz qualquer engano ou efeito ilusório: não há um conjunto de propriedades rurais à venda para pequenos agricultores, o que existem são imensos latifúndios, cercados de arame farpado e de jagunços armados, muitos sem nada produzir, sendo que deles foram desalojados de maneira criminosa, tempos atrás, muitos dos que hoje buscam a reforma agrária e aqueles que os antecederam nessa luta.

As ocupações são um instrumento justo porque, muitas vezes, o único. Por isso pressionamos governos para que abracem politicamente a luta e adotem instrumentos que façam a reforma agrária avançar concretamente. Nossos sindicatos, rurais ou urbanos, têm em suas pautas reivindicatórias as bandeiras da atualização dos índices de produtividade da terra – os índices atualmente aplicados referem-se à realidade produtiva agrícola que existia há mais de 30 anos -, pela aprovação da PEC do trabalho escravo – terra onde for flagrada escravidão, desaproprie-se para a reforma agrária – e da aprovação do limite de propriedade da terra.

Em diversos estados onde o movimento atua, a CUT ajuda como pode. No interior de São Paulo, por exemplo, recentemente lideranças nossas acompanharam de perto o drama de dirigentes do MST presos.

Nossos sindicatos de trabalhadores rurais, na Contag e na Fetraf, dedicam-se intensamente a também realizar ocupações e a buscar sem trégua a melhoria do apoio à agricultura familiar e à estrutura latifundiária, especialmente através de nossas mobilizações do Grito da Terra e da Jornada Nacional de Lutas da Agricultura Familiar. Incluímos aí propostas econômicas para viabilizar, dinamizar e profissionalizar a pequena produção, esta que é, segundo não apenas evidências mas também uma recente pesquisa do IBGE, a locomotiva da produção de alimentos para os brasileiros e a principal aliada do respeito à natureza e a proteção das matas. Essa pesquisa do IBGE, por sinal, traz dados que comprovam avanços e, por isso, nos estimulam no combate.

Por Artur Henrique*

18/04/2010

Como o Lacerda e o Aécio recebem os índios em nossa cidade. Inacreditável!


 http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/pataxo-e-impedido-de-vender-artesanato-na-feira-1.106458

Gente,
é muito difícil "engolir" o que aconteceu.(me refiro ao fim da greve dos professores).
Ainda está entalado em nossas gargantas aquela vontade de "botar a boca no mundo" e xingar esse governo que nos oprime e tenta calar a nossa voz.


Talvez por isso, hoje, dia 18 de abril, em plena Av Afonso Pena, tomei o partido dos Índios e enfrentei a tropa de choque da prefeitura para defendê-los. Tinha um tanto de gente olhando boquiabertos, a covardia praticada pelos funcionários do Lacerda e do Aécio Neves, sem no entanto fazerem nada. Apenas olhavam com ar de reprovação aquela cena deprimente: Um grupo de índios vindos do norte de Minas, com seu artesanato para tentar vender na cidade grande e sendo impiedosamente impedidos de fazê-lo.

Não eram bandidos nem ladrões. Apenas índios indefesos e inofensivos sendo cercados por policiais armados, em nome de uma prefeitura arrogante e autoritária.
Não deixaram que vendessem o seu produto. Isolaram-os num canto e impediram as pessoas de comprarem deles. Uma coisa horrível! Fiquei quase o tempo todo ao lado deles e defendi-os o quanto pude, sendo a todo instante ameaçada por aqueles policiais arrogantes que tentavam me intimidar. Se o povo não estivesse alí dando força, eu teria sido levada para a delegacia, com certeza.
Precisei sair antes do desfecho do caso.
Assim que vi a imprensa dando cobertura, saí e não fiquei sabendo o que aconteceu no final.
Estou colocando aqui no blog esse relato, para que fiquem sabendo o que anda acontecendo em nossa cidade e que a mídia nao divulga, dando ênfase. Os políticos que temos e que o povo colocou no poder,  não os representam.
 Usam desse poder para oprimir esse mesmo povo que os elegeu.

No dia do índio, que triste história tenho para contar para meus alunos, sobre a realidade dos índios no Brasil!

Porque nós professores e professoras não somos respeitadas? Porque somos professores e professoras de Pobres e nesse governo, pobre não tem vez!

 É assim que agem nas favelas, nas desocupações de imóveis improdutivos (ex: Ocupação Dandara) e em todos os lugares onde os pobres tentam se organizar! Não podemos ficar omissos! Temos que tomar partido, temos que ficar do lado dos mais fracos e denunciar sempre, os abusos cometidos por autoridades, sem autoridade moral para nos representar. Queremos justiça, não autoritarismo!

Alguns endereços para pesquisa:

http://violinoaprendiz.blogspot.com
http://aprendizarteatelie.blogspot.com
http://tecendo-historias.blogspot.com
http://mate-magica.blogspot.com
http://bem-bolado-projetos.blogspot.com
http://dedinhos-lambuzados.blogspot.com

17/04/2010

A greve que parte da mídia quer que não vejamos!

sexta-feira, 16 de abril de 2010




Momento da Greve dos educadores de Minas durante a assembléia de ontem. A foto foi tirada pela professora Alessandra, uma das 8 mil trabalhadoras/trabalhadores que lotaram o pátio da ALMG.

Infelizmente nem toda a mídia enxergou este grande movimento, que parou o trânsito de BH e recebeu o apoio de milhares de pessoas que viram a passeata e os atos públicos.

O pretenso "grande jornal dos mineiros", o jornal
Estado de Minas, por exemplo, nem citou o acontecimento. Tanto na capa do jornal, como no interior. Pobres dos leitores que dependerem deste jornal para se informarem. Já o jornal O Tempo pelo menos colocou uma grande foto da Assembléia na capa e tratou do assunto em matéria interna. Já o Hoje em Dia
tratou do assunto com pequena matéria interna. Rádios e jornais falaram pouquíssimo do assunto, a não ser criticar o que chamam de "tumulto" no trânsito, que a passeata teria provocado.

É essa gente que enche o peito para falar em
liberdade, em democracia, quando escondem um acontecimento tão importante quanto a paralisação de centenas de escolas em Minas e a triste realidade da Educação no estado. Mas, não adianta eles esconderem: nós estamos em greve, somos mais de 200 mil trabalhadores e em contato com milhares de pessoas diariamente. É gente demais pra eles esconderem debaixo do tapete! A greve continua! Gostem eles ou não!


Fonte: Blog do Euler  -    Coletivo Fortalecer

14/04/2010

A educação em BH não tem sindicato.

Me recuso a chamar de SINDICATO uma instituição que ao invés de unir o movimento, trabalha para a sua desunião.
Uma categoria dividida é uma categoria sem força. Saudades eu tenho da época em que Lula fazia parar o Brasil com sua demonstração de força, enfrentando ditadores, cadeia e tudo o que viesse pela frente para defender uma categoria. Não é à toa que ele chegou à presidência.
O que temos hoje? Uma caricatura de sindicato. Não estou nem querendo tanto, não precisa ser um Lula, mas pelo menos, uma diretoria que pudesse ter um pouco de dignidade e não "borrar" de medo de um prefeito de merda, que não entende nada de poder público.
O que aconteceu foi isso, se não foi coisa pior (estou me referindo a "negociatas" por debaixo dos panos) que a gente nem fica sabendo. Tudo é possível, nesse mundo de corruptos. Realmente, como disse uma colega:  "Muito estranho que o Lacerda tenha afirmado que a greve iria acabar nesta semana, como se já soubesse de alguma coisa...
Agora, lendo o jornal O TEMPO, (leiam abaixo) uma declaração dizendo que o movimento estava fraco. Fraco o Scambau! O que havia de fato, era uma vontade enorme de continuarem a greve e uma Assembléia lotada!