01/07/2014

Viviane Mosé - Ser ou não ser / Educação - 6º parte



As palavras de Luckesi sobre a prática do castigo no passado diante da constatação, por parte do professor e/ou da escola, do não acerto ou do não aprendizado por parte do aluno, nos possibilita considerar que a prática do castigo não é uma exclusividade de um ou de outro professor, mas de uma cultura baseada na relação mando e obediência, ou seja, de uma cultura baseada numa relação autoritária, pois se castiga aquele que cometeu o erro diante de padrões definidos como corretos.

Portanto, a escola trabalha de forma dependente por uma preocupação intensa com os resultados obtidos. Esta preocupação é um reflexo dos anseios de uma sociedade que institui a cultura do acerto. Nas palavras de Esteban: O aluno deve seguir uma lógica única, de um só saber, reconhecendo um conjunto de conhecimentos como único e legítimo. Neste sentido, tem-se por ‘verdade’ o que a escola ensina como sendo o certo (2001, p. 16).

Portanto, se admitirmos que os profissionais da educação (direção, coordenação, funcionários administrativos e outros) e alunos são seres ativos de uma sociedade, pode-se compreender que os mesmos devem assumir este papel nas Instituições de Ensino. Para tanto, é necessário que se estabeleça um diálogo pedagógico sobre o processo de ensino e aprendizagem. Em outras palavras, é fazer com que todos, e, se possível com a participação da comunidade, se sintam corresponsáveis pela prática educativa.