01/12/2013

EDUCAÇÃO AMBIENTAL. O QUE É?


Existem muitas definições e muitos também são os conceitos, contudo congregam o mesmo sentido:
educar o ser humano em relação ao meio ambiente ao qual ele é parte integrante que não pode ser desvinculada e é pelo ambiente responsável, ou seja, é a integração socio-ambiental.

Segundo Ribeiro (2001) é um agir e pensar que não são separados, mas constituem a práxis da Educação Ambiental, que atua consciente da globalidade que existe em cada local e em cada indivíduo, consciente de que a ação local e/ou individual age sincronicamente no global, superando a separação entre o local e o global, entre o indivíduo e a natureza, alcançando uma consciência planetária, que não reside apenas em compreender, mas também em sentir e agir integrado à relação ser humano/natureza; adquirindo, assim, uma cidadania planetária.

 A Educação é freqüentemente conceituada, apenas como o ato ou a arte de saber educar e educar-se.

Sob o ponto de vista ecológico, a Educação constitui a adaptação (ecológica-evolutiva-social) do ambiente em que se vive.
Em outras palavras, o homem tem que se instruir para conhecer seu ambiente, para construir o conhecimento sobre o seu habitat, para desempenhar suas funções na comunidade e para exercer seu nicho ecológico dentro do ecossistema.

Assim, a escola, então, tem a obrigação de proporcionar um conjunto de experiências neste sentido (Pereira, 1993).
A Educação Ambiental surge neste contexto. Objetiva o contato direto entre o homem e o meio, o resgate e a conscientização de que o meio é relevante à sobrevivência, à saúde, ao bem estar do indivíduo; o desenvolvimento do sentido ético-social diante das diferentes problemáticas ambientais, a orientação do ser humano em relação ao ambiente e o exercício de cidadania, na busca de melhorias na qualidade de vida.

A abordagem da EA permite o trabalho interdisciplinar espontâneo, como uma consequência da metodologia empregada.
Quando o professor proporciona ao aluno situações que lhe permite construir seu conhecimento, o ensino torna-se interdisciplinar, uma vez que o educando buscará dentro de suas necessidades outros componentes curriculares, promovendo ações interdisciplinares entre conteúdos afins (Pereira,1993).

 Dentro deste contexto, a EA constitui uma grande ferramenta para a Educação, segundo os parâmetros vigentes.
O compromisso em tentar solucionar problemas ambientais é responsabilidade de todos, e não apenas dos cientistas versados no conhecimento.
O agir local sinergicamente irá contribuir e muito para o agir global.
A biosfera é um grande ecossistema e para o seu pleno funcionamento necessita que cada ponto desta grande teia funcione em equilíbrio dinâmico.
Assim, se o homem se compromete em assumir posturas para tentar solucionar a sua problemática ambiente local, estará e muito contribuindo para o bem-estar do planeta, a humanidade. E não adianta dizer que não! nós somos culpados e todo mundo está “careca” de saber!
Agora não adianta falar em Ecologia, EA, em problemática ambiental se não estivermos dispostos a
ampliar nosso conhecimento.
- Como falar da questão do lixo, da reciclagem de papel etc., sem apresentar a origem, a causa?

Esta falta de conhecimento se reside na ausência de informações sobre aspectos dos processos biológicos e ecológicos que norteiam as diferentes problemáticas ambientais que culminam em sérias problemáticas sociais.
 A falta de conhecimentos básicos acerca da Biologia e dos seres vivos em geral dificulta a compreensão interpretação dos ecossistemas, a relação entre os seres vivos, populações e comunidades (Pereira, 1993), o que dificulta a compreensão global do ser humano acerca da importância do papel que o mesmo desempenha enquanto parte integrante e a grande responsabilidade que o mesmo tem pela biosfera. 

Assim, aprender, ensinar os fundamentos científicos da Ecologia através dos princípios metodológicos da EA, tornam o processo educativo mais efetivo, promissor e contextualizado, fazendo com que o alunado construa, absorva e aplique em beneficio próprio o conhecimento, exercendo o seu direito à cidadania.

Referências bibliográficas
LOPES, M. A Histórico e Fundamentos da Ecologia. Texto didático, 1994.

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