05/02/2010

Educação Ambiental EM FOCO. Dizer não ao consumo predatório - é possível?

O Café Filosófico da CPFL Cultura recebe o Diretor Executivo da Thymus Branding, Ricardo Guimarães, para discutir o consumo predatório. E o que é isso?
Consumo predatório é aquele que causa danos ao meio ambiente, à saúde humana e às comunidades com as quais temos laços de solidariedade. É não apenas o consumismo exagerado, mas a compra de produtos fruto de exploração do trabalho, exploração insustentável dos recursos naturais, gerador de poluentes tóxicos, etc.
Este bate-papo ocorre dentro do módulo “Sustentabilidade ao nosso alcance: mudando hábitos e atitudes“, sob a curadoria da coordenadora da campanha Saco é um Saco, a Secretária de Articulação do MMA, Samyra Crespo.
O conceito de sustentabilidade nasceu dentro da disciplina Ecologia de Populações, onde se verificou uma estreita correlação entre a população de seres vivos e o meio natural, surgindo a teoria de que em cada ecossistema se estabelece uma determinada população que não pode extrapolar a capacidade de suporte do meio. A aplicabilidade prática desse conceito teve início nos anos 70 no manejo de áreas protegidas (parques e reservas biológicas).
Aos poucos o conceito que era exclusivamente aplicado na ciência ecológica foi sendo ampliado para as populações humanas, até que em 1992 tornou-se mundialmente conhecido com a proposição do Relatório “Nosso Futuro Comum” de que a crise ambiental sem precedentes na história das sociedades modernas exigia um “desenvolvimento sustentável”.
Com essa proposição, começou um debate internacional em torno das várias dimensões da sustentabilidade, destacando-se as dimensões econômica, ambiental e social.
Nos últimos 10 anos, estimulados pelos intensos debates sobre as responsabilidades e tarefas que são exigidas para enfrentar a crise ambiental, tem sido destacado o papel e o poder dos indivíduos em operar mudanças por meio de um consumo cada vez mais responsável de bens e serviços. Reconhecer a possibilidade desse protagonismo, é o eixo do módulo aqui proposto, em oposição à idéia de que só “processos sociais” orientados por políticas públicas podem mudar a realidade. Sem diminuir a importância das esferas política e social coletivas, a discussão que desejamos promover com este módulo aborda aspectos éticos, culturais, portanto que orientam as ações dos cidadãos comuns no seu dia a dia e na forma com fazem suas escolhas mais ordinárias como comer, educar os filhos, decidir como utilizar o seu tempo de lazer e de como contribuir para a sociedade em que vive.
As quatro palestras propostas guardam entre si o mesmo nexo: como sermos a partir de escolhas simples, práticas, ao nosso alcance, operadores das mudanças que precisam ser feitas para que caminhemos em direção a uma sociedade sustentável?
Como fazer acontecer a sustentabilidade, aqui e agora? Como fazer a nossa contribuição sem termos que nos tornar heróis, ou “salvarmos o planeta?”
A primeira palestra, “Sustentabilidade, aqui e agora”, pretende mostrar que as mudanças já estão acontecendo e que é possível nos conectarmos com elas, ajudando seu desenvolvimento. Uma verdadeira revolução está acontecendo na área da alimentação, saúde, lazer, compras responsáveis e movimento de consumidores.
A segunda palestra, “Sustentar desde a infância” aborda a tarefa nem sempre valorizada de educarmos a próxima geração dentro dos valores identificados como “sustentáveis”. Nela vão ser abordados a visão de”infância e sustentabilidade”, e apresentados o que está na esfera de decisão de pais e professores para evitar que nossas crianças sejam os futuros jovens e adultos “sem futuro”.
A terceira palestra, “Não ao Consumo predatório”, vai questionar o nosso lado “politicamente incorreto”, imerso em motivações nem sempre debatidas com vigor, propondo um método para identificar entre as centenas de escolhas que fazemos de alimentos, vestuário, opções de transporte e lazer, aqueles produtos e modalidades que devemos recusar por serem danosos ao meio ambiente, à nossa saúde ou ao bem estar de populações com as quais devemos manter laços de solidariedade.
A quarta e última palestra vai mostrar como gestos simples de “cuidar” e de pensar o que é “nosso” a partir da preocupação real de qual será o nosso “legado” aos nossos filhos e netos, é possível contribuir efetivamente para a conservação ambiental e para o bem estar de muitas pessoas. A palestra vai enfocar o crescente e bem sucedido movimento das RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural), onde milhares de proprietários e chácaras, sítios e fazendas estão inovando na responsabilidade socioambiental.
As palestras são veiculadas online pelo CPFL Cultura. Vale a pena assistir!!

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